domingo, 29 de janeiro de 2006

Angie


Angie, Angie, when will those clouds all disappear
Angie, Angie, where will it lead us from here
With no loving in our souls and no money in our coats
You can't say we're satisfied
But Angie, Angie, you can't say we never tried.
Angie, you're beautiful, but ain't it time we said goodbye
Angie,
I still love you, remember all those nights we cried
All the dreams we held so close seemed to all go up in smoke
Let me whisper in your ear
Angie,
Angie, where will it lead us from here
Oh,
Angie, don't you weep, all your
kisses still taste sweet
I hate that sadness in your eyes
But
Angie,
Angie, ain't it time we say good-bye
With no loving in our souls and no money in our coats
You can't say we're satisfied
But Angie, I still love you, Baby, everywhere I look I see your eyes
There ain't a woman that comes close to you, come on baby, dry our eyes
But Angie, Angie, ain't it good to be alive
Angie, Angie, they can't say we never tried
Rolling Stones

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Lua Adversa


Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vem,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu
Cecília Meirelles

domingo, 22 de janeiro de 2006

Sempre




Nem te vejo por entre a gelosia;
Nunca no teu olhar o meu repousa;
Nunca te posso ver, e todavia,
Eu não vejo outra cousa!

João de Deus

sábado, 21 de janeiro de 2006

Ai! Se sêsse!...


Ai! Se sêsse!...

Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!

Zé da Luz

Hoje



O que menos quero pro meu dia
polidez,
boas maneiras.
Por certo,
um Professor de Etiquetas
não presenciou o ato em que fui concebido.
Quando nasci, nasci nu,
ignaro da colocação correta dos dois pontos,
do ponto e vírgula,
e, principalmente, das reticências.
(Como toda gente, aliás...)

Hoje só quero ritmo.
Ritmo no falado e no escrito.
Ritmo, veio-central da mina.
Ritmo, espinha-dorsal do corpo e da mente.
Ritmo na espiral da fala e do poema.

Não está prevista a emissão
de nenhuma “Ordem do dia”.
Está prescrito o protocolo da diplomacia.
AGITPROP – Agitação e propaganda:
Ritmo é o que mais quero pro meu dia-a-dia.
Ápice do ápice.
Alguém acha que ritmo jorra fácil,
pronto rebento do espontaneísmo?
Meu ritmo só é ritmo
quando temperado com ironia.
Respingos de modernidade tardia?
E os pingos d’água
dão saltos bruscos do cano da torneira
e
passam de um ritmo regular
para uma turbulência
aleatória.

Hoje...
Waly Salomão

Imaginação ...


Os poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...


M Quintana

Bilhete


Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana

Debussy


Debussy

Para cá, para lá . . .
Para cá, para lá . . .
Um novelozinho de linha . . .
Para cá, para lá . . .
Para cá, para lá . . .
Oscila no ar pela mão de uma criança
(Vem e vai . . .)
Que delicadamente e quase a adormecer o balança
— Psio . . .
—Para cá, para lá . . .
Para cá e . . .
— O novelozinho caiu.
Manoel Bandeira

Unicórnio


Unicórnio Dourado
O mar não é tema: tema é o ar do mar.
A poesia é didática - luz
sobre a história e esquecidos altares.
Toda estética; toda, puericultura
lagos oceânicos; ilhas, promontórios
as cidades primevas, o sangue dos heróis
tudo fica muito aquém e além de tuas caldeiras.
De tuas membranas, de tuas
álgidas montanhas marinhas
surge o unicórnio dourado
carregado de sonho e solidão.
E sobre as ondas aquece-se; talvez
esquecido do tempo; a que fim
este unicórnio soçobra-se de mim?
Plumas e pratas patas - unicórnio
um e único - mar
oh soberano rei dos sorvedouros!
José Alcides Pinto

Poeminha Amoroso


Poeminha Amoroso
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo!!!
Cora Coralina

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

Nosso espectro, amor ...


Me hospedo na estalagem 7ªLua...
Onde as cores são imaginárias...
O som do Silêncio, sustenido,
Som palpável
e...
Ainda assim não te vejo...
Ainda assim te busco.....

Quando o verde do meu amor encontrar o som da sua cor...
Então lhe direi : 'Te Amo!'
Uma vez mais, então.

domingo, 15 de janeiro de 2006

Num Monumento à Aspirina




Claramente: o mais prático dos sóis,
o sol de um comprimido de aspirina:
de emprego fácil, portátil e barato,
compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial,
que nada limita a funcionar de dia,
que a noite não expulsa, cada noite,
sol imune às leis de meteorologia,
a toda a hora em que se necessita dele
levanta e vem (sempre num claro dia):
acende, para secar a aniagem da alma,
quará-la, em linhos de um meio-dia. ...
[Num Monumento à Aspirina, poema do livro A Educação pela Pedra]
João C M Neto

De todas as Maneiras


Chico Buarque de Holanda
De Todas as Maneiras


De todas as maneiras
Que há de amar
Nós já nos amamos
Com todas as palavras feitas pra sangrar
Já nos cortamos
Agora já passa da hora
Tá linddo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coraçãao
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão
De todas as maneiras que há de amar
Já nos machucamos
Com todas as palavras feitas pra humilhar
Nos afagamos
Agora já passa da hora
Tá lindo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão

Soneto


Gregório de Matos
Soneto
Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ousadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há de ser mudo,
Que é melhor neste mundo, mar de enganos,
Ser louco c'os demais, que só, sisudo.

FLAUTA LIVRE


Taiguara
Larga esse recibo
Fecha essa gaveta
Abre a vida nova que vem
Veste a tua pele e vai trabalhar
Deixa ela te olhar e entender
Vão te olhar de lado
Vão fechar a porta
Vão dizer que ela saiu
Pois há uma flauta livre na tua mão
Toca teu amor pra ela ouvir
Essa vontade de amar
De mão dada e beijar
Teus irmãos
Não há mentira nem porta
Fechada que possa matar
Não há futuro negado
Pra quem trabalhou com amor
Nem há dinheiro que pague ilusão
Nem compre mágicas
Músicas, espírito.
Sai nessa aventura
Entra nesse templo
Sobe nessa escada e cai
Brinca co’as crianças
E crê no sol
Dorme pra acordar e nascer

Um Biguá e o Mercado


Solto no Mercado
E o dono do mercado comemora
Você liga na hora das compras
Pego tudo sem demora
E sem ver o que pego agora
Café descafeinadoSabonete desnatado
Camarão congelado
Que vou ter de dar sumiço
Antes de um compromisso
Amanhã volto ao mercado
Para pegar o que fui buscar
Uma pimenta vermelha
Para aquela simpatia
De fazer você ligar
de: Car

sábado, 14 de janeiro de 2006

Panis et circenses

Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas da sala de jantar
São preocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer de puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às sete horas na avenida central
Mas as pessoas da sala de jantar
São preocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
folhas de sonho no jardim do solar
as folhas sabem procurar pelo sol
e as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São preocupadas em nascer e morrer
Essas pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
Essas pessoas ...

Um poeta da madeira

Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
HERBERTO HELDER

de Quintana



EU ESCREVI UM POEMA TRISTE
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do
Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
em importa, ao velho
Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

Mario Quintana - A Cor do Invisível

Em dia de Aniversário

Cresci; e nisso é que a família não interveio;
cresci naturalmente, como crescem as magnólias
e os gatos.
Talvez os gatos são menos matreiros e, com certeza,
as magnólias são menos inquietas do que eu era
na minha infância.
Um poeta dizia que o menino é o pai do homem.
.............................................................Machado de Assis


Amor é


O amor é finalmente
Um embaraço de pernas,
Uma união de barrigas
Um breve tremor de artérias.
Uma confusão de bocas.
Uma batalha de veias.
Um reboliço de ancas.
Quem diz outra coisa, é besta.
. . . . . . . . . Gregório de Matos

Estrela de Vida Inteira



A vida é um milagre.
Cada flor,
Com sua forma,sua cor, seu aroma,
Cada flor é um milagre.
Cada pássaro,
Com sua plumagem, seu vôo seu canto,
Cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito,
O espaço é um milagre.
O tempo, infinito,
O tempo é um milagre.
A memória é um milagre.
A consciência é um milagre.
Tudo é um milagre.
Tudo, menos a morte.
-Bendita a morte, qu é o fim
de todos os milagres.
Manuel Bandeira

Nós


Já me acostumei com a sua voz
Com teu rosto e teu olhar.
Me partiu em dois e procuro agora o que é
minha metade.
Quando não estás aqui
meu espírito se perde
Voa longe, longe, longe...
º
Sultão, agora, meu pensamento

Eu te amo


Eu te amo
Antes e depois de todos os acontecimentos,
Na profunda imensidade do vazio
E a cada lágrima dos meus pensamentos.
Eu te amo
Em todos os ventos que cantam,
Em todas as sombras que choram,
Na extensão infinita dos tempos
Até a região onde os silêncios moram.
Eu te amo
Em todas as transformações da vida,
Em todos os caminhos do medo,
Na angústia da vontade perdida
E na dor que se veste em segredo.
Eu te amo
Em tudo que estás presente,
No olhar dos astros que te alcançam
E em tudo que ainda estás ausente.
Eu te amo
Desde a criação das águas, desde a idéia do fogo
E antes do primeiro riso e da primeira mágoa.
Eu te amo perdidamente
Desde a grande nebulosa
Até depois que o universo cair sobre mim
Suavemente.
º
ºººººººººººººººººººººººººº
Sultão, meu amor, não te esqueço ...

Ânsia de voce


O meu corpo é um romance.
As suas palavras são tuas.
Esquece tudo o que sabes
e aprende a ler o meu corpo
como se fosse o primeiro dia
de escola...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

A flor

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.
Com mãos se rasga o mar.
Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas de mãos.
E estão no fruto e na palavra as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no tempo como farpas as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas: nas tuas mãos começa a liberdade.


O que é sexo?


O QUE É SEXO???
Segundo o médico é uma doença: sempre termina na cama.
Segundo o advogado é uma injustiça: sempre há um q fica por baixo
Segundo o engenheiro é uma máquina perfeita: é a única em q se trabalha deitado.
Segundo o arquiteto é um erro de projeto: a área de lazer fica muito próxima á área de saneamento.
Segundo o político é um ato de democracia perfeito: todos gozam independente da posição.
Segundo o economista é um desajuste: entra mais do q sai. Ás vezes, nem se sabe o q é ativo ou passivo.
Segundo o contador é um exercício perfeito: põe-se o bruto,faz-se o balanço,tira-se o bruto e fica o líquido. Podendo, na maioria dos casos, ainda gerar dividendos.
Segundo o matemático é um perfeita equação: a mulher coloca entre parênteses, eleva o membro à sua máxima potência, e lhe extrai o produto, reduzindo-o à sua mínima expressão.
Segundo o psicólogo é foda de explicar...
º
Lembrança em meu sultão . . .

Voar


Voar

No tempo em que o passado, o futuro e o presente tinham
cores, existia um mar de sonho que vivia de madrugadas.
Os rouxinóis cantavam a esperança que vivia no horizonte dos
mundos mágicos. O sol poente qual bola de sabão lembrava
amor, sorrisos de alegria, florestas aniladas, embaladas pelo
vento morno que acariciava as crinas dos cavalos e as jubas dos
leões à solta.
Dos prados multicolores emergiam crianças em correria de vida.
Baloiçando nos braços infantis as cestinhas com amoras
percorriam os caminhos pisados por gente de coragem.
Dos areais sempre inconstantes surgem ora
altivos cardos ora singelos malmequeres que dançam ao longe e ao perto.
Do calor que emana da fileira de pensamentos desprende-se um
cheiro familiar a pastéis de massa tenra e cerejas sumarentas.
Do nada das emoções que são as minhas.
Fadinha Luana, agraciada de doce sabedoria. Quantas vezes tentares me explicar coisas, tantas serão difíceis para mim que, não traz esse dom da compreenção constante.
Que os anjos estejam te zelando o caminhar ...
Mágicos beijos queridinha !!!!!

Fios da vida e a Fada viajante



.
A menina que vive em mim
Sonha acordada
Os contos de fadas
Não se preocupa com as horas
Nem com partidas
Ou chegadas
A menina que vive em mim
Desenha estrelas
De cinco pontas
Em cadernos de brochuras
Não se atem a medos
Regras ou frescuras.
Não pensa nos anos
não tá nem aí
pro tempo
A menina que vive em mim
Vive os sonhos
Não lamenta os enganos
E se veste de mulher
De vez em quando
No espelho da realidade
Mas ela insiste a viver em mim
Pra dos sonhos
Não sentir saudade.

Menina dos Olhos


Dedicado a Fada Luana. Que toda a bela magia que desconhecemos, da vida, ela vá descobrindo a cada passo nessa sua empreitada. A varinha de condão transforme tudo ao seu redor, em amor, paz, harmonia e beleza!

domingo, 8 de janeiro de 2006

Meu Brasão



Ois !
Este é meu brasão oficial. (Tá bonitinho neh, rs.)

A utilidade dele continua sendo a de sempre, identificar. Nomes e imagens sempre são formas de representação.

bjs carinhosos!